
Durante reunião com membros do Mercosul, prefeito disse que encontro de autoridades de países irmãos transcende fronteiras
Ao fazer a abertura de um evento com membros do Parlamento do Mercosul – PARLASUL – o prefeito de Ponta Porã ressaltou a importância do encontro de autoridades dos países irmãos. “Esta é mais do que uma reunião, é um ato de cooperação e de construção conjunta entre as cidades que vivem a realidade e o desafio da fronteira todos os dias”. A fala foi acompanhada atentamente pelas autoridades, entre elas, os senadores Nelsinho Trad (Brasil), Noelia Cabreira e Walter Kumbelaski e o deputado nacional Cezar Cerini (Paraguai), além de vereadores locais e prefeitos da região, entre outras autoridades estaduais e federais.
“Hoje estamos reunidos com os prefeitos e presidentes de câmaras das cidades de fronteira do Estado de Mato Grosso do Sul e do Paraná, ao lado de autoridades do Paraguai e de representantes de países irmãos que compõem o Parlamento do Mercosul. É um encontro que transcende fronteiras — porque aqui, na fronteira, aprendemos que a união é a forma mais inteligente de avançar”, destacou.
Eduardo Campos disse que as cidades que compõem essa faixa de fronteira compartilham uma mesma realidade: convivem com as diferenças, mas constroem cotidianamente um mesmo destino. A fronteira, para nós, não é limite — é espaço de convivência, de troca, de cooperação e de futuro. E é essa convicção que nos traz aqui hoje: a de que a integração regional é o caminho mais eficaz para garantir o desenvolvimento de todos os nossos municípios. “Nesta tarde de reunião de trabalho, com certeza estamos dando um passo importante ao formalizarmos por meio do Protocolo de Intenções, a proposta de criação de um Grupo de Trabalho das Cidades Fronteiriças, com a missão de elaborar um Plano de Desenvolvimento Regional e Integrado entre os municípios fronteiriços do Estado de Mato Grosso do Sul”, enfatizou.
Segundo o prefeito, o grupo de trabalho nasce com o propósito de organizar as demandas comuns das cidades de fronteira, de compartilhar boas práticas, e de construir soluções conjuntas — “porque nenhum de nós enfrenta sozinho os desafios que são, na verdade, coletivos. Ao mesmo tempo, este encontro também representa a articulação das nossas cidades em duas frentes complementares: Primeiro, junto à Frente Nacional de Prefeitos, por meio da sua Comissão Temática de Cidades de Fronteira – Arco Central, da qual temos a honra de participar na condição de vice-presidente; E segundo, no diálogo direto com o Parlamento do Mercosul (Parlasul), cuja presença em nossa cidade simboliza a força da integração latino-americana”.
Segundo Eduardo Campos, o objetivo é claro: fazer com que as políticas públicas voltadas às cidades de fronteira deixem de ser apenas normativas e passem a ser realidade — com planejamento, com orçamento, com entregas concretas e com impacto direto na vida das pessoas. “Queremos transformar esta rede de prefeitos e câmaras em uma instância de cooperação capaz de se fazer ouvir, influenciar decisões e atrair investimentos para as nossas regiões. É assim que construiremos, juntos, uma fronteira mais próspera, segura e humana”.
Ao prosseguir com seu discurso, o prefeito disse que ao longo dos anos, Ponta Porã tem investido fortemente em projetos que refletem essa visão de integração e desenvolvimento regional: O trabalho articulado junto ao Parlamento Internacional Municipal (Parlim) para a binacionalização do aeroporto, um passo decisivo para fortalecer a conectividade regional; A parceria com a Receita Federal e o Governo Federal para viabilizar a implantação do novo Porto Seco, infraestrutura estratégica para o comércio e a logística regional; A implantação do Parque Tecnológico Internacional e do Centro de Cultura, Empreendedorismo e Inovação (CEIMPP), com inauguração prevista para fevereiro, que irão qualificar nossa mão de obra, fomentar soluções inovadoras para os negócios na fronteira, potencializando as vocações econômicas locais; A Casa da Mulher Brasileira, que atenderá mulheres fronteiriças e cujo protocolo de atendimento será elaborado pelo Grupo Binacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, constituído por autoridades brasileiras e paraguaias, tendo como missão criar a primeira Rede Fronteiriça de Atendimento as Mulheres em situação de violência.
“Todos esses projetos — e muitos outros que estão em andamento — são exemplos de políticas públicas integradas, com impacto social e desenvolvimento regional. E cada um deles reforça a convicção de que o desenvolvimento de uma cidade de fronteira é, também, o desenvolvimento de toda a região ao seu redor. Por isso, a união que celebramos hoje é muito mais do que simbólica — é estratégica, necessária e urgente. Separadamente, nossas cidades lutam para resolver problemas que se repetem; juntas, formamos uma região com propósito e voz própria, capaz de dialogar com governos, instituições e organismos internacionais. O desenvolvimento das cidades fronteiriças não é apenas uma pauta local — é uma pauta nacional, regional e sul-americana. E a partir de hoje, reafirmamos que as fronteiras do Brasil não são margens do país, mas portas abertas para o futuro da integração”.
Ao finalizar seu discurso, Eduardo Campos disse “agradeço profundamente a presença de cada prefeito, de cada presidente de câmara, de cada autoridade e instituição que aceitou este chamado. Que este encontro deixe como legado a certeza de que a força das cidades de fronteira está na sua capacidade de agir em rede. Que a Carta da Fronteira e o Protocolo de Intenções assinados sejam lembrados como o início de uma nova governança regional — uma governança municipalista, solidária e integrada, capaz de transformar desafios em oportunidades e fronteiras em pontes de desenvolvimento compartilhado”, ressaltou.
Edilson José, Assessoria de Comunicação


 




