
Discussão reuniu adolescentes atendidos por quatro Centros de Referência de Assistência Social de Ponta Porã
Em mais uma rodada de conversas na tarde de terça-feira, dia 11, a Prefeitura de Ponta Porã reuniu adolescentes que participam do projeto “Trabalho para o Futuro”, que é desenvolvido pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) de Ponta Porã. Nessa etapa participaram os inscritos nos CRAS Coopa/Ipê, Marambaia, Salgado Filho e Sanga Puitã.
Ao abrir a roda de conversas, a secretária de Governo e Comunicação, Paula Consalter Campos, ao lado das secretárias de Assistência Social, Dilma da Silva, e Angela Derzi (adjunta); da coordenadora do projeto Trabalho para o Futuro, Helena Maria Cabral Silva, e da orientadora Sônia Pereira Gerônimo, apresentou a convidada Mariana Covre, advogada especializada em Compliance Estratégico e Ambientes Regulados, com foco em diversidade, equidade e inclusão.
Numa conversa aberta com os adolescentes a partir dos 14 anos que participam do projeto, Paula Consalter Campos, destacou a importância de cada um traçar pequenas metas. “Cada um aqui revelou a profissão que quer seguir, alguns ainda não decidiram, outros poderão mudar no futuro e isso é normal. O importante é que se estabeleça de agora em diante pequenos objetivos para a longa jornada até o final desse ano e toda vez que alcançar o objetivo é um degrau superado e é preciso comemorar cada avanço”, disse.
Paula ressaltou que traçando pequenas metas cada vez que o objetivo for alcançado as energias são renovadas para seguir em frente, na luta. Falou que todos devem se interessar pelos estudos e que o conhecimento garante vida digna. “Por isso é preciso perseverar, esperar em ação, se movimentando. A felicidade a gente encontra nas pequenas coisas, muitas vezes a gente erra, mas aí tenta de novo até dar certo”.
Mariana Covre que é palestrante em eventos sobre liderança feminina, inclusão no ambiente corporativo e importância do compliance para promover ambientes de trabalho mais justos e equitativos e que é reconhecida nacionalmente por sua dedicação à promoção da equidade de gênero e pela implementação de práticas que visam ambientes profissionais mais inclusivos e éticos, ouviu atentamente cada um dos adolescentes participantes e falou sobre a força da mulher na construção de uma sociedade mais justa.
Ela falou sobre o seu papel de mãe que a tornou uma mulher mais paciente, que precisou fazer adaptações, ficou mais resiliente e que antes de agir pensa no outro. “Essa experiência me proporcionou habilidades que foram agregadas à vida pessoal e profissional”, disse. Falou que as mulheres representam a maioria da população brasileira e que a luta pela igualdade, equidade deve ser de todos os brasileiros. Também falou sobre a origem da Lei Maria da Penha.
Ela relembrou a história da biofarmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes, que sofreu a violência do marido, ficou em uma cadeira de rodas e teve que esperar 20 anos para que a justiça o condenasse. Maria da Penha sofreu duas tentativas de homicídio e lutou para a criação de uma lei que contribuísse para a diminuição da violência doméstica e familiar contra a mulher. Mariana disse que é preciso que nesse mês da mulher todos façam uma reflexão e que contribuam para construção de uma sociedade com mais igualdade.