Ponta Porã usará nova arma de combate ao Aedes Aegypti

Município contará a partir de agora com o uso do sistema de armadilhas de oviposição “Ovitrampa”

 

Ponta Porã aumenta seu arsenal na guerra contra o mosquito Aedes Aegypti. Nesta quarta-feira, o prefeito Eduardo Campos e o secretário de saúde do município, Dr Patrick Derzi, estiveram participando de uma apresentação que contou com as presenças de secretários e agentes de endemias de 12 municípios de Mato Grosso do Sul.

O objetivo da apresentação de autoridades sanitárias do Governo do Estado e técnicos do Ministério da Saúde, da Fiocruz era de mostrar ao público, formado por profissionais de saúde, o sistema de armadilhas de oviposição, “ovitrampa”.  O uso de armadilhas ovitrampas para capturar os ovos do mosquito Aedes aegypti é mais uma das estratégias que a Prefeitura de Ponta Porã passará a usar para combater o mosquito.

A Prefeitura recebeu 500 armadilhas e 2 mil ovitrampas do Ministério da Saúde. As ovitrampas simulam o ambiente perfeito para a procriação do Aedes Aegypti: um vaso de planta preto é preenchido com água, que fica parada, atraindo o mosquito. Nele, são inseridas uma palheta de madeira (Eucatex) que facilita que a fêmea do Aedes coloque ovos.

Dessa forma, os agentes de endemias conseguem observar, de maneira mais rápida e eficiente, a quantidade de mosquitos naquela região e aceleram as ações de combate ao mosquito, sem que o inseto se desenvolva.

O equipamento fica no local por um período de sete dias, e enviado ao laboratório de Entomologia para contagem dos ovos. A cada semana a palheta de madeira é substituída. Pela quantidade de ovos, ou ausência deles, a Prefeitura saberá se há fêmeas com foco no raio de nove quarteirões da armadilha, gerando gráficos e mapas para aplicação das medidas de controle.

Falando aos agentes de endemias, o prefeito Eduardo Campos, destacou a importante arma que o município passa a ter no combate ao mosquito Aedes Aegypti. “Ponta Porã vive um momento quase desesperador em termos de ocupação de leitos no nosso Hospital Regional. Devido a dengue e chicungunya e outras doenças causadas pelo mosquito, estamos com lotação máxima. Por isso esse sistema de ovitrampas vai ser um mecanismo importantes nas mãos de nossos agentes de endemiase vai nos ajudar a reduzir o número de casos de dengue e chicungunya em nossa cidade”, declarou Eduardo Campos.

O secretário de saúde do município, Dr Patrick Derzi também lembrou que a Ovitrampa vai ser mais um auxílio no combate ao Aedes. “Hoje nós estamos passando por um momento de muitos casos de dengue e chicungunya. E a ovitrampa vai ser mais uma ferramenta para nossos agentes de endemias e agentes de saúde. Eles vão receber treinamento e orientar a população sobre esse novo sistema, que vai ser muito útil e eficaz no combate ao Aedes Aegypti aqui na fronteira”, afirmou Derzi.

O Coordenador Estadual de Controle de Vetores, Mauro Lúcio Rosário, também falou sobre as armadilhas ovitrampa. “Hoje estamos vivendo o pontapé inicial desse grande projeto. Estamos capacitando 12 municípios de Mato Grosso do Sul, que já vão começar a fazer o uso das armadilhas ovitrampas para que possam fazer todos os levantamentos possíveis para que consigamos direcionar e executar as ações, de forma rápida e assim eliminar todas as possibilidades de proliferação vetorial nas áreas trabalhadas.

* Diretoria de Comunicação