Prefeito Hélio vistoria futura sede do Consultório de Rua

Container será inaugurado dia 16 próximo na presença do ministro da Saúde, Henrique Mandetta

Acompanhado do secretário de Saúde, Dr. Patrick Derzi e do coordenador de Relações Institucionais, Raphael Modesto, o prefeito Hélio Peluffo vistoriou na manhã desta segunda-feira, 02, o containar da futura sede do Consultório de Rua. Esse compromisso foi assumido pelo prefeito Hélio visando melhorar as condições de atendimento desse programa desenvolvido pelo município, já que atualmente o serviço é feito em um local improvisado em box na linha internacional. O prefeito Hélio foi acompanhar a atual fase dos trabalhos, já que no próximo dia 16 de setembro, haverá o lançamento do programa com a presença do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

O programa desenvolvido é importante na medida em que dispensa plena atenção à população de rua. O secretário de Saúde, Dr. Patrick Derzi explica que as equipes de Consultório na Rua são formadas pelos chamados agentes sociais, ou seja, profissionais de diversas áreas que desempenham atividades para garantir atenção, defesa e proteção às pessoas em situação de risco pessoal e social.

Tais profissionais possuem habilidades e competências para atuar com usuários de álcool, crack e outras drogas. Para tanto, agregam conhecimentos básicos sobre redução de danos, realizam atividades educativas e culturais, fazem a dispensação de insumos de proteção à saúde e encaminhamentos para rede de saúde e intersetorial e acompanham o cuidado das pessoas em situação de rua.

Da junção entre o programa Consultório de Rua (equipe itinerante com foco na saúde mental) e do programa Estratégia da Saúde da Família Sem Domicílio (ESF com equipes específicas para atenção integral à saúde da população em situação de rua), foi criado o dispositivo Consultório na Rua, que consiste em uma equipe itinerante para atenção integral à saúde da população em situação de rua.

Para atender essa população, foi instituído pela Política Nacional de Atenção Básica, em 2011, o Consultório na Rua. A população em situação de rua é caracterizada, de forma geral, pelo grupo de pessoas que faz da rua seu espaço de vida privada, utilizando locais públicos e áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, assim como abrigos e albergues para pernoite ou moradia provisória.

Com equipes em campo, o Consultório na Rua visa ampliar o acesso da população em situação de rua aos serviços de saúde, ofertando, de maneira mais oportuna, atenção integral à saúde para esse grupo que se encontra em condições de vulnerabilidade e com os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados. Segundo Rosana, o objetivo do atendimento é estabelecer um vínculo com o paciente, para que ele confie no profissional e possa fazer um acompanhamento mais completo.

No Consultório na Rua, o atendimento é feito por equipes multiprofissionais que contam com enfermeiros, psicólogos, assistentes, técnicos ou auxiliares de enfermagem, técnicos em saúde bucal, cirurgião-dentista, profissionais/professores de educação física ou profissionais com formação em arte e educação.

O trabalho das equipes é realizado de forma itinerante e se adequa às demandas das pessoas em situação de rua, podendo ocorrer em período diurno e/ou noturno, em todos os dias da semana. “As equipes fazem atendimento de saúde, desde o pré-natal, acompanhamento do hipertenso, diabético, e também atendimentos de agravos prioritários, como a questão do dependente químico, principalmente do álcool, tuberculose e DST”, diz Dr. Patrick Derzi.

O atendimento prioriza o cuidado no local, que busca atender não só nos problemas de saúde e sociais, bem como ações compartilhadas e integradas às Unidades Básicas de Saúde (UBS). Dependendo da necessidade do usuário, essas equipes também atuam junto aos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), aos serviços de Urgência e Emergência e a outros pontos de atenção da rede de saúde e intersetorial. “Quando é possível o atendimento é feito na rua mesmo, com um primeiro diagnóstico, um curativo, por exemplo. O que precisa de mais privacidade pode ser encaminhado para uma Unidade Básica de Saúde para continuar o atendimento de acordo com a necessidade do usuário”, diz o secretário municipal de Saúde, Dr. Patrick Derzi.