A Prefeitura de Ponta Porã, através da Secretaria Municipal de Saúde, e coordenação do Controle de Vetores do município intensifica neste início de ano o trabalho de combate e prevenção à dengue, chikungunya e o vírus Zica. Os trabalhos estão concentrados na região norte da cidade, e percorrerá diversos pontos considerados de risco devido ao acumulo de locais favoráveis à proliferação do mosquito transmissor da doença.
Estados e municípios já foram orientados pela Sala Nacional de Coordenação e Controle do ministério para que promovam nas comunidades atividades instrutivas sobre a importância do combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Entre as atividades planejadas para a semana estão visitas domiciliares, distribuição de materiais informativos e educativos, murais, rodas de conversa com a comunidade, oficinas, teatros e gincanas.
“A mobilização pretende mostrar que a união de todos, governo e população, é a melhor forma de derrotar o mosquito, principalmente de novembro a maio, considerado o período epidêmico para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Nesse período, o calor e as chuvas são condições ideais para a sua proliferação”, afirma o secretário municipal de Saúde, Dr. Patrick Derzi.
A secretaria de Saúde vem realizando periodicamente intensa mobilização na região dos bairros Ipê II, na região do Parque dos Ipês. O objetivo é reduzir os índices de infestação do mosquito aedes aegypti, transmissor da doença naquela região, onde segundo o Controle de Vetores da Secretaria de Saúde, foi o bairro que mais alto índice de proliferação indicou.
O mutirão acontece regularmente em vários pontos da cidade e deve se estender em toda a cidade, dando ênfase aos locais onde a infestação do mosquito é maior: “Fizemos um levantamento em todas as regiões do município e detectamos que aqui no Ipê II, a situação é mais preocupante. Mas isso não quer dizer, que vamos descuidar dos outros bairros. Começamos no Ipê II, pelo maior índice registrado e vamos para todos os bairros de Ponta Porã”, afirmou Denis Freitas, coordenador de controle de vetores da secretaria de saúde do município.
Segundo ele, as regiões do Grande Marambaia e Ignês Andreazza (zona sul da cidade), Vila Áurea e Ipê II, além do centro de Ponta Porã, são as que apresentam os maiores índices de infestação do mosquito. “O índice tolerado pelo Ministério da Saúde é 1%.
Os números foram aferidos pelo LIRAA – Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti, trabalho efetuado a cada dois meses. Ele consiste na pesquisa dos domicílios com a coleta de larvas do mosquito transmissor da dengue.
“O que percebemos é que a população tem se descuidado. Encontramos criadouros do mosquito no lixo domiciliar (sacos plásticos, potes de margarina, materiais descartáveis) e depósitos móveis de fácil remoção (bebedouros de animais, água armazenada em baldes, tonéis e caixas)”, afirmou Edilson.
Segundo ele, com o período de chuvas o risco aumenta. Este ano foram notificados 24 casos suspeitos de dengue. Um foi confirmado. “Os números são pequenos em relação a outras épocas. Porém, não podemos descuidar. A dengue nos preocupa muito e, por isso, estaremos desenvolvendo atividades de prevenção”, assegurou o secretário municipal de saúde, Patrick Derzi.