Saúde desenvolve ações para evitar leishmaniose em Ponta Pora

Uma equipe da Secretaria Municipal de Saúde saiu a campo nesta semana para desenvolver ações que visam prevenir o registro de casos da leishmaniose. A maior preocupação é da ocorrência de casos da doença do tipo humana visceral.

Antes de saírem a campo, os profissionais receberam uma capacitação na qual foram repassadas informações atualizadas sobre as formas de prevenção. “O objetivo é implementar medidas que fortalecem nossas ações de combate à doença”, afirmou Marina Derzi, gerente de Vigilancia em Saúde do município.

O trabalho está envolvendo diversos setores da estrutura da Saúde no Município, como de controle de endemias e vetores, vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, vigilância ambiental e centro de controle de zoonoses.

As ações foram iniciadas na região do Jardim Planalto. Cerca de 300 imoveis localizados em 17 quarteiroes devem ser visitados durante esta primeira ação para detectar se existem animais infectados pela doença.

O que é Leishmaniose

De acordo com a Fundaçao Osvaldo Cruz, a leishmaniose é uma doença infecciosa não contagiosa que se apresenta com características clínicas e epidemiológicas diversas em cada área geográfica.Trata-se de uma zoonose urbana e periurbana dividida em quatro grupos: leishmaniose cutânea, que é a que produz exclusivamente lesões cutâneas, ulcerosas ou não, porém limitadas; leishmaniose cutâneo-mucosa ou leishmaniose mucocutânea, caracterizada por formas que se complicam freqüentemente com o aparecimento de lesões destrutivas nas mucosas do nariz, boca e faringe; leishmaniose visceral ou calazar, formas viscerais em que o parasito tem afinidade (tropismo) com o SFM (sistema fogocítico mononuclear) do baço, do fígado, da medula óssea e dos tecidos linfoides ; leishmaniose cutânea difusa, formas dissiminadas cutâneas que se apresentam em indivíduos alérgicos ou, tardiamente, em pacientes que foram tratados de calazar.

O vetor das leishmanioses é sempre um flebotomínio, (mosquito conhecido por flebotomo) que ao picar o indivíduo ou o animal parasitado retira junto com o sangue ou com a linfa intersticial as leishmanioses, que passarão a evoluir no interior do tubo digestivo, sofrendo muitas modificações.

Ao alimentar-se com o sangue de outros animais ou pessoas, o inseto passa a regurgitar o material aspirado. Fica assegurada desse modo, a inoculação de formas infectantes em um novo hospedeiro vertebrado, completando assim o ciclo evolutivo do parasito e a sua propagação a novos indivíduos suscetíveis.

Os flebotomínios são pequenos, muito pilosos de cor palha ou castanhos claros, facilmente reconhecidos pela atitude que assumem quando pousados, permanecendo com as asas entreabertas e ligeiramente levantadas, ao invés de se cruzarem sobre o dorso. São conhecidos como: “cangalha”, “orelha de veado”: “mosquito palha”, “tabuira”, e etc. Os animais reservatórios são os roedores, marsupiais (Didelphis) e cães domésticos.

O controle da doença é feito através do combate aos insetos por meio de inseticidas. Além disto, deve-se evitar os locais já sabidamente freqüentados pelos flebótomos ao entardecer e ao diagnosticar os animais domésticos, tratá-los logo que se suspeite dos sintomas da doença. O tratamento é específico para cada tipo de leishmaniose através de drogas também especificadas. Todas estas recomendações estão sendo repassadas à população pela equipe da Saúde.